sexta-feira, dezembro 11, 2009

Automédon: Antologia Grega

5.129

Louvo a bailarina da Ásia que com seus gestos lascivos
suavemente ondula desde a ponta dos dedos.
Não a louvo porque exprima todas as paixões movendo,
assim com tanta graça, os braços graciosos,
mas porque sabe dançar à volta de uma vara exânime,
sem que a ponham em fuga as rugas da velhice.
Excita, abraça, beija: com sua língua e suas pernas,
faz qualquer vara erguer-se, nem que seja do Hades.

11.46

De tarde, bebendo, homens: mas ao nascer do dia,
feras despertas, umas contra as outras.

Tradução de José Paulo Paes.
Fonte: Poemas da Antologia Grega ou Palatina., São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

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