Três vezes, ó lâmpada, jurou por ti Heracléia,
quando aqui estava, que viria mas não veio.
Se deusa és, pune a mentirosa: quando ela em casa folgue
com um amigo, apaga-te e não dês mais luz. (5.7)
Poupas a tua virgindade: para quê? Chegada ao
Hades, nao acharás amante, rapariga.
Dos vivos são as alegrias do amor, pois no Aqueronte,
ó virgem, entre ossos e pó repousaremos. (5.85)
Com a bela Hermíone folgava eu certa vez; trazia
ela, ó Páfia, um cinto de variadas flores
onde estava escrito em letras de ouro: "Ama-me toda, mas
não te atormentes se a outro eu pertencer". (5.158)
Eu tenho aqui sob mim Arqueánassa, a cortesã de Cólofon:
até em suas rugas o doce Eros pousa.
Amantes, que colhestes a fresca flor da juventude
dela a desabrochar, por que incêndio passastes! (7.217)
Tradução de José Paulo Paes.
Fonte: Poemas da Antologia Grega ou Palatina. SP: Cia das letras, 1995.
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