Λέξω τὰ πάντα νητρεκῶς, ἅ μ' ἱστορεῖς,
ἀρχῆς ἀπ' ἄκρας· ἢν δὲ μηκυνθῇ λόγος,
σύγγνωθι, δέσποτ'· οὐ γὰρ ἥσυχος κόρη
ἔλυσε χρησμῶν, ὡς πρίν, αἰόλον στόμα·
ἀλλ' ἄσπετον χέασα παμμιγῆ βοὴν (5)
δαφνηφάγων φοίβαζεν ἐκ λαιμῶν ὄπα,
Σφιγγὸς κελαινῆς γῆρυν ἐκμιμουμένη.
τῶν ἅσσα θυμῷ καὶ διὰ μνήμης ἔχω,
κλύοις ἄν, ὦναξ, κἀναπεμπάζων φρενὶ
πυκνῇ διοίχνει δυσφάτους αἰνιγμάτων (10)
οἴμας τυλίσσων, ᾗπερ εὐμαθὴς τρίβος
ὀρθῇ κελεύθῳ τἀν σκότῳ ποδηγετεῖ.
ἐγὼ δ' ἄκραν βαλβῖδα μηρίνθου σχάσας
ἄνειμι λοξῶν ἐς διεξόδους ἐπῶν,
πρώτην ἀράξας νύσσαν, ὡς πτηνὸς δρομεύς. (15)
Direi precisamente tudo que me inquires,
do começo ao fim: se o discurso se estender,
perdão, mestre! Pois antes serena, a donzela
não põe fim às profecias, vária a língua:
porém verteu inefável misto clamor (5)
da garganta laurívora predisse a voz
reproduzindo fala de tétrica Esfinge.
Das coisas que retenho n'alma e na memória,
que ouças, soberano, refletindo na mente
firme percorres enigmas desditosos, (10)
desenredas veredas qual sabida trilha,
guias estrada correta através das trevas.
E eu, rompendo a corda do ponto de partida,
lanço-me aos decursos destes oblíquos versos:
dou a largada, como alado corredor. (15)
[Tradução: Rafael Brunhara]
ἀρχῆς ἀπ' ἄκρας· ἢν δὲ μηκυνθῇ λόγος,
σύγγνωθι, δέσποτ'· οὐ γὰρ ἥσυχος κόρη
ἔλυσε χρησμῶν, ὡς πρίν, αἰόλον στόμα·
ἀλλ' ἄσπετον χέασα παμμιγῆ βοὴν (5)
δαφνηφάγων φοίβαζεν ἐκ λαιμῶν ὄπα,
Σφιγγὸς κελαινῆς γῆρυν ἐκμιμουμένη.
τῶν ἅσσα θυμῷ καὶ διὰ μνήμης ἔχω,
κλύοις ἄν, ὦναξ, κἀναπεμπάζων φρενὶ
πυκνῇ διοίχνει δυσφάτους αἰνιγμάτων (10)
οἴμας τυλίσσων, ᾗπερ εὐμαθὴς τρίβος
ὀρθῇ κελεύθῳ τἀν σκότῳ ποδηγετεῖ.
ἐγὼ δ' ἄκραν βαλβῖδα μηρίνθου σχάσας
ἄνειμι λοξῶν ἐς διεξόδους ἐπῶν,
πρώτην ἀράξας νύσσαν, ὡς πτηνὸς δρομεύς. (15)
Direi precisamente tudo que me inquires,
do começo ao fim: se o discurso se estender,
perdão, mestre! Pois antes serena, a donzela
não põe fim às profecias, vária a língua:
porém verteu inefável misto clamor (5)
da garganta laurívora predisse a voz
reproduzindo fala de tétrica Esfinge.
Das coisas que retenho n'alma e na memória,
que ouças, soberano, refletindo na mente
firme percorres enigmas desditosos, (10)
desenredas veredas qual sabida trilha,
guias estrada correta através das trevas.
E eu, rompendo a corda do ponto de partida,
lanço-me aos decursos destes oblíquos versos:
dou a largada, como alado corredor. (15)
[Tradução: Rafael Brunhara]
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