sábado, outubro 06, 2007

Marcial # 3

34

Sempre pecas, Lésbia, com portas sem guardas e abertas,
e teus furtivos amores não escondes
e, mais que teu amante, deleita-te o espectador,
e os prazeres não te são jucundos, se ocultados.
Porém, uma meretriz com véu e tranca a testemunha expulsa e
raras vezes uma fenda se revela no lupanar de Sumêmio.
Aprende com o pudor de Quione ou de Íade ao menos,
pois os sepulcros ocultam estas torpes lobas.
Acaso, demasiado dura te parece minha censura?
Proíbo-te de seres surpreendida, Lésbia, não fodida.

[Tradução: Alexandre Agnolon] in: Mnemozyne, 2.

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