Alçam-se os marmeleiros na primavera,
E os romanzeiros na vazão dos rios,
Onde o jardim das virgens sensualizam rosas.
Dulçura exorbita em gomos, sob os pâmpanos.
Contudo, a mim, jamais o amor me adoça ou passa.
Tortura-me deus Eros, como o Bóreas trácio,
Quando seus trovões da Cípria assopra
Roucos, indefensáveis, tenebrosos,
e sob as pálpebras de névoa,
Eros, por cima, cálido me espia,
Para lançar-me aos laços de Afrodite,
Aos mansos passos de Eros estremeço
Qual cavalo velho, fatigado das vitórias,
E que em carro alucinado, contrafeito,
Lança em últimas contendas a carcaça. [Fr.6D]
[Tradução: Antônio Medina Rodrigues]
Nenhum comentário:
Postar um comentário