quarta-feira, dezembro 16, 2015

Keats - "Bright Star" - Tradução de Mário Faustino

BRIGHT STAR

Bright star, would I were stedfast as thou art—
Not in lone splendour hung aloft the night
And watching, with eternal lids apart,
Like nature's patient, sleepless Eremite,
The moving waters at their priestlike task
Of pure ablution round earth's human shores,
Or gazing on the new soft-fallen mask
Of snow upon the mountains and the moors—
No—yet still stedfast, still unchangeable,
Pillow'd upon my fair love's ripening breast,
To feel for ever its soft fall and swell,
Awake for ever in a sweet unrest,
Still, still to hear her tender-taken breath,
And so live ever—or else swoon to death.

BRILHANTE ESTRELA

Brilhante estrela, fosse eu estável como tu,
Não em solitário esplendor presa e solta na noite
E observando, com eternos cílios afastados,
Como Eremita insone, paciente da natureza
As águas movediças, em seu trabalho sacerdotal,
Da pura ablução em torno das praias humanas da terra
Ou contemplando a nova máscara, suavemente caída
Da neve sobre os montes, sobre os brejos --
Não, e ainda assim estável, ainda assim imutável
Repousando sobre o peito de meu belo amor (que amadurece)
Sempre acordado, em doce inquietude
Quieta, quietamente ouvindo seu tenro respirar
E assim viver para sempre -- ou então render-se à morte.

FONTE:

Faustino, Mário. Poesia Completa e Traduzida. São Paulo: Editora Max Limonad. 1985

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