terça-feira, dezembro 14, 2010

Hino Homérico XXXII: À Lua

Mene amplivolante cantai em seguida, Musas
de voz doce filhas de Zeus Cronida  sabedoras da canção.
A partir dela resplendor visível do céu envolve a terra,
a partir de sua imortal cabeça, amplo adorno é visto com
lúcido resplendor e cintila o ar sem luz;
a partir da áurea coroa refletem-se os raios;
sempre depois de no Oceano banhar o belo corpo,
de os trajes vestir longiluzentes a Deusa Lua
e de jungir os potros resplendentes de arqueada cerviz
impetuosamente avançando toca os corcéis de linda melena
pelo anoitecer que divide o mês. Preenche-se a vasta órbita
e então seus raios crescentes iluminam e ao máximo brilham
no céu. Marca aos mortais e um sinal ela é.
Com ela uma vez Cronida uniu-se em amor e deitou-se
e engravidando-a donzela Pandeia gerou
tendo notável formosura  entre as Deusas imortais.
Salve soberana bracinívea Deusa Lua
benévola de belas tranças, por ti começando glórias
de mortais semideuses cantarei cujas obras celebram aedos
acólitos das Musas com seus deleitosos lábios.

Tradução: Rafael Brunhara

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