Mas se alguém alcançar a vitória com a velocidade
dos pés, ou do pentatlo, - onde fica o santuário de Zeus,
junto das águas de Pisa, em Olímpia - ou na luta,
ou porque sabe a arte dolorosa do pugilato,
ou ainda num concurso terrível chamado o pancrácio
será mais ilustre à vista dos seus concidadãos
terá o lugar de honra mais aparatoso nos jogos,
e alimentação a expensas públicas
da sua cidade, e uma dádiva, que será para ele um tesouro.
E se ganhar com cavalos, tudo isto ele obterá,
sem ser tão digno como eu. Pois melhor do que a força
dos homens e corcéis é a nossa sabedoria.
É isso um modo de pensar leviano e não é justo,
preferir a força à notável sabedoria.
Pois nem que vivesse entre o povo um notável pugilista,
ou um homem hábil no pentatlo ou na luta,
ou na corrida, que tem a preferência,
e tantos atos de força demonstrasse no combate,
nem por isso a cidade estaria em melhor ordem.
Pequeno prazer seria para a urbe
alguém que vencesse nas provas das margens do Pisa.
Pois não é isso que enche os cofres da cidade.
[Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira]
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