Nós, como em tantas flores faz a primavera
Folhas se abrirem, quais flores tenras,
Ébrios vamos vivendo efêmero fulgor,
Sem saber nada do que os deuses tramam!
As negras Parcas nos espiam, entretanto,
Uma em torturas finda nossa idade,
Outra costura a morte, e dura a juventude
O tanto quanto o sol passeia ao solo.
Morrer prefiro, antes que suma a primavera.
No fim das flores, crescem na alma os males,
E, consumada a queda, sobra a mágoa:
Um cai dentro do Inferno, uivando os filhos
Que não teve, outro adoece e morre, qual!
Aos males que nos manda Zeus ninguém escapa!
[Tradução: Antonio Medina Rodrigues]
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