Ó musas, me dizei, moradoras do Olimpo,
divinas, todo-presentes, todo-sapientes
(nós, nada mais sabendo, só a fama ouvimos)
quais eram, hegemônicos, guiando os Danâos,
os príncipes e os chefes. O total de nomes
da multidão, nem tendo dez bocas, dez línguas,
voz inquebrável, peito brônzeo, eu saberia
dizer, se as Musas, filhas de Zeus porta-escudo,
olímpicas, não derem à memória ajuda,
renomeando-me os nomes. Só direi o número
das naves e os navarcas que assediaram Tróia.
Tradução: Haroldo de Campos
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