Vão-se as neves e torna a grama aos campos
E as árvores as folhas;
O ano muda a terra,volta o rio
às margens, decrescendo.
graças e ninfas, gêmeas, ousam nuas
reger coros de dança.
Nada esperes do eterno, os anos fogem,
dias, horas te advertem.
Menos frios, mais zéfiros, Verão
expulsa primavera
por sua vez defunta às mãos do Outono,
que, com todos seus frutos,
pelo estéril Inverno é sucedido.
Céleres meses os celestes males
vão reparando; e nós
lá onde estão Enéias, Anco, Tulo...
Sombra e pó somos.
Mas quem sabe darão os deuses outro
tempo, esgotado o nosso?
-Ao menos salvarás de teus herdeiros
Torquato, o que gozaste:
Quando Minos esplêndido julgar-te
após morreres, não
te ressuscitarão tua eloquência,
tua estirpe, teus dotes:
Nem Diana do inferno arranca seu
Hipólito pudico,
Nem forças Teseu tem para livrar
seu Piritôo querido.
[Tradução: Mário Faustino]
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