quinta-feira, outubro 10, 2013

Ésquilo, fragmento 350*

* Conservado em Platão, República, 383 b:

{ΘΕΤΙΣ·} (Apollo in nuptiis meis cecinit) τὰς ἐμὰς εὐπαιδίας
νόσων τ' ἀπείρους καὶ μακραίωνας βίου,
ξύμπαντά τ' εἰπὼν θεοφιλεῖς ἐμὰς τύχας
παιῶν' ἐπηυφήμησεν εὐθυμῶν ἐμέ.
κἀγὼ τὸ Φοίβου θεῖον ἀψευδὲς στόμα
ἤλπιζον εἶναι, μαντικῇ βρύον τέχνῃ·
ὁ δ' αὐτὸς ὑμνῶν, αὐτὸς ἐν θοίνῃ παρών,
αὐτὸς τάδ' εἰπών, αὐτός ἐστιν ὁ κτανὼν
τὸν παῖδα τὸν ἐμόν

TÉTIS - (Apolo cantou em minhas núpcias) [que seria]  bela minha prole,
isenta de doenças e de vida longeva;
disse que meu destino era querido aos Deuses todos
e entoou o Peã, alegrando o meu coração.
E eu esperava que sem mentira fosse
a boca de Febo, de onde jorra a arte mântica:
Mas ele que cantava, ele, que estava no festim,
ele que disse essas palavras, foi ele mesmo que matou
meu filho.

(Tradução: Rafael Brunhara)

(http://primeiros-escritos.blogspot.com.br/2009/12/deslealdade.html)




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