At vos incertam, mortales, funeris horam
quaeritis, et qua sit mors aditura via;
quaeritis et caelo Phoenicum inventa sereno,
quae sit stella homini commoda quaeque mala!
seu pedibus Parthos sequimur seu classe Britannos,
et maris et terrae caeca pericla viae;
rursus et obiectum flemus caput esse tumultu
cum Mavors dubias miscet utrimque manus;
praeterea domibus flammam domibusque ruinas,
neu subeant labris pocula nigra tuis.
solus amans novit, quando periturus et a qua
morte, neque hic Boreae flabra neque arma timet.
iam licet et Stygia sedeat sub harundine remex,
cernat et infernae tristia vela ratis:
si modo clamantis revocaverit aura puellae,
concessum nulla lege redibit iter.
Da morte vós quereis saber a hora incerta,
e a senda pela qual ela virá;
buscais num céu tranqüilo, a exemplo dos fenícios,
estrelas favoráveis ou funestas;
persigamos bretões, ou persigamos partas,
cegos perigos rondam mar ou terra;
choramos o arriscar a vida nos combates,
pois Marte mescla tropas dubiamente,
e choramos a casa que arde ou se esboroa,
ou se um veneno toca os nossos lábios.
Mas sabe o amante como e quando morrerá,
nem teme o vento norte nem as armas;
e ainda que já reme entre os juncais da Estige,
vendo a barca infernal de tristes velas,
pela senda proibida ele retornará,
se na brisa o chamar a voz da amada.
Tradução: Péricles Eugênio da Silva Ramos.
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