sábado, julho 26, 2008

Horácio II.7

O saepe mecum tempus in ultimum
deducte Bruto militiae duce,
quis te redonauit Quiritem
dis patriis Italoque caelo,

Pompei, meorum prime sodalium,
cum quo morantem saepe diem mero
fregi, coronatus nitentis
malobathro Syrio capillos?

Tecum Philippos et celerem fugam
sensi relicta non bene parmula,
cum fracta uirtus et minaces
turpe solum tetigere mento;

sed me per hostis Mercurius celer
denso pauentem sustulit aere,
te rursus in bellum resorbens
unda fretis tulit aestuosis.

Ergo obligatam redde Ioui dapem
longaque fessum militia latus
depone sub lauru mea, nec
parce cadis tibi destinatis.

Obliuioso leuia Massico
ciboria exple, funde capacibus
unguenta de conchis. Quis udo
deproperare apio coronas

curatue myrto? Quem Venus arbitrum
dicet bibendi? Non ego sanius
bacchabor Edonis: recepto
dulce mihi furere est amico.



Ó tu, comigo muita vez exposto,
Sob mando de Bruto, ao lance extremo,
Quem te tornou Quirite aos pátrios deuses,
E aos céus da Itália, Varo,

De meus sócios primeiro? com que muitas
Vezes gastei bebendo o tardo dia,
Coroado os cabelos luzidios
Com os aromas sírios.

Contigo a filipense guerra, e a fuga
Veloz segui, deixando torpe o escudo,
Quando os minaces, rota a hoste, ó pejo!
Com o rosto o chão te tocaram.


A mim salvou-me de entre imigos pávido
Por densos ares o veloz Mercúrio,
A ti sorveu-te a onda em nova guerra
por estuosos mares.

A Jove presta pois o prometido
Banquete, e o corpo em longa guerra lasso
Sob o meu louro estende, nem perdões
Às talhas, que te esperam.

Do Mássico, por quem já tudo esquece,
As lisas taças enche: de amplas conchas
Cheiros entorna: quem traz presto crôas
De úmido aipo, ou mirto?

Quem fará Vênus árbitro do vinho?
Eu não menos bacante, que os edonios,
com furor beberei, com o amigo salvo,
Enlouquecer é doce.

Tradução: Elpino Duriense

Nenhum comentário: