Ninguém, ó Cirno, causa a sua própria ruína,
nem por si mesmo é que prospera:
tudo nos vem dos deuses.
Ninguém sabe se os atos que pratica
terão efeito bom ou mau:
vem deles ora o bem, quando se quer o mal,
vem deles ora o mal, quando se quer o bem.
Ninguém alcança, em tudo, o que deseja:
o desamparo traça raias
que não permitem ir à frente.
Nada sabemos, nós,os homens
e é vão o que pensamos;
os deuses tão-somente cumprem tudo
segundo os seus desígnios.
Tradução: Péricles Eugênio da Silva Ramos
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