terça-feira, março 25, 2008

Álcman Fr.1 PMG - Partênio

É um castigo que vem dos deuses.
Feliz aquele que sem lágrimas
tece alegre o seu dia. Eu canto
a luz de Ágido: vejo essa luz,
clara como a do sol,
que Ágido está invocando
para que brilhe sobre nós.
Todavia não a posso louvar
nem censurar sem ofensa
a ilustre guia do coro,
que sobressai
como em rebanho de bois
um cavalo de sonoras patas,
conquistador de prêmios, rápido
como os sonhos alados.

Não a estais vendo?
É um corredor venético;
e a cabeleira solta
de minha prima Hagesícora
brilha como ouro puro.
Quanto a seu rosto de prata,
como exprimí-lo claramente?
Esta é Hagesícora; e contudo
aquela cuja beleza
não correr após a dela,
mas depois da de Ágido,
correrá como um cavalo colasseu
junto a um corcel ibeno.
Quando levamos o véu a Ortia,
estas nossas Pombas erguem-se
para lutar por nós
em meio à noite de ambrosia,
não como aquelas Pombas celestiais
porém mais luminosas,
sim, iguais ao próprio Sírius.


Tradução: Péricles Eugênio da Silva Ramos

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