terça-feira, julho 03, 2018
Ogura Hyakunin Isshu - 34 (Fujiwara no Okikaze)
誰をかも
知る人にせむ
高砂の
松もむかしの
友ならなくに
Tare o ka mo
Shiru hito ni se
Takasago no
Matsu mo mukashi no
Tomo nara naku ni
*
Daqueles que amei,
quem restou? Em Takasago
o Antigo Pinheiro
tem minha idade. Mas - ai! -
nem somos velhos amigos.
[Trad. Rafael Brunhara]
(Agora que estou velho e perdendo meus amigos) Quem vou escolher pra ser minha companhia? Não posso tornar o Pinheiro de Takasago (não vai morrer antes de mim), um amigo de longa data. [Tradução em prosa de Carlos H.Fujinaga]
domingo, julho 01, 2018
Petrarca - Cancioneiro - VII
A gula e o sono, o ócio e o prazer,
têm deste mundo a virtude banido,
daí que segue um curso já perdido
o natural costume deste nosso ser:
tão morta está a luz toda do saber
vindo do céu dar à vida um sentido,
que se admira como algo merecido
fazer do Hélicon um rio nascer.
Quem sonha com o louro? Ou o mirto?
- mísera e nua, vai, filosofia; -
diz essa turba ao ganho imundo presa.
Poucos terás contigo nessa outra via:
muito te rogo então, gentil espír'to,
não deixa tua magnânima empresa.
[Trad. José Clemente Pozenato]
têm deste mundo a virtude banido,
daí que segue um curso já perdido
o natural costume deste nosso ser:
tão morta está a luz toda do saber
vindo do céu dar à vida um sentido,
que se admira como algo merecido
fazer do Hélicon um rio nascer.
Quem sonha com o louro? Ou o mirto?
- mísera e nua, vai, filosofia; -
diz essa turba ao ganho imundo presa.
Poucos terás contigo nessa outra via:
muito te rogo então, gentil espír'to,
não deixa tua magnânima empresa.
[Trad. José Clemente Pozenato]
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