quarta-feira, novembro 23, 2011

Eumênides, vv. 1-33

Pítia:

Primeiro dos Deuses nesta prece venero
Terra, primeira adivinha. Dela provém
Têmis, essa após a mãe sentava-se neste
oráculo, como contam. No terceiro sorteio,
porque ela anuiu, e não por violência,
outra Titânida filha da Terra teve assento,
Febe, e essa o doa, natalícia dádiva,
a Febo. Ele tem de Febe o cognome.
Deixou a lagoa e o penhasco délio,
aportou nas costas navegáveis de Palas
e veio a esta terra e sede do Parnaso.
Abrindo caminho os filhos de Hefesto
fazem-lhe escolta, prestam-lhe culto,
sendo amansadores de terra bravia.
Delfo, o rei timoneiro desta região,
e o povo muito honram sua chegada.
Zeus o torna pleno de divina arte
e põe quarto adivinho no trono,
e Lóxias é profeta de Zeus pai.
Por esses Deuses preludio a prece.
Palas Pronaia precede no preito.
Venero as ninfas da côncava pedra
Corícia, grata às aves, morada de Numes.
Brômio tem a área, não deslembro,
daí o Deus conduziu tropa de Bacas
tramando morte de lebre a Penteu.
Invoco águas de Plisto, poder de Posídon,
invoco o perfectivo e supremo Zeus,
depois adivinha me sento no trono.
Dêem-me hoje lograr a melhor entrada
que antes. Se há gregos presentes,
venham, segundo sorteio, como só ser.
Vaticino como Deus vai conduzindo.

Tradução: Jaa Torrano

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