Na Primavera, os marmeleiros
da Cidônia, regados pelas correntes
dos rios, lá onde das Virgens
está o puro jardim: e os pâmpanos
a crescerem sob folhagens sombrias,
rebentos de vinha. Mas para mim o amor
não descansa em nenhuma estação;
ardendo sob o relâmpago
como o Bóreas da Trácia,
lança-se de junto de Cípris com sedentas
insânias, tenebroso, desavergonhado,
e com força, de cima a baixo, sacode
o meu espírito.
Tradução de Frederico Lourenço
Fonte: LOURENÇO, F. Poesia Grega de Álcman a Teócrito. Lisboa: Cotovia. 2006
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