O que mais belo disse o homem de Quios,
"Os homens passam como as folhas passam",
muito poucos mortais, de quantos o ouvem,
o imprimem n'alma. Agita-os a esperança,
que dos moços no peito sempre viça.
Ao que orna a flor gentil da juventude,
o ânimo inconsequente muitos sonhos
nutre impossíveis. Nem sequer lhe ocorre
que há de um dia morrer, tornar-se velho
ou ferí-lo a doença. Loucos, esses!
Não veem quão breve a quadra e curta a vida!
Mas tu que sabes estas cousas, a alma
com virtudes dispõe para a velhice.
Tradução de Aluízio Faria de Coimbra, Os Elegíacos Gregos: De Calino a Crates, vol.1, São Paulo, 1941.
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