Não fiques, Rufo, espantado
se não há nenhuma trouxa
que queira sob teu corpo
colocar a tenra coxa,
mesmo quando em tua lábia
ofereces de presente
tentações de um manto raro,
ou de pedras reluzentes.
É que corre por aí
um boato que te fode:
dizem que nos teus sovacos
habita um terrível bode.
E dele todas têm medo.
Não pasmes; é de amargar
a fera e nenhuma bela
com ela quer se se deitar.
Por isso ou põe fim à peste
para os narizes maldita,
ou pára de ficar pasmo
se a mulherada te evita.
(Tradução de José Dejalma Dezotti)
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