Heidenröslein - Goethe
Sah ein Knab ein Röslein stehn,
Röslein auf der Heiden,
War so jung und morgenschön,
Lief er schnell, es nah zu sehn,
Sah’s mit vielen Freuden.
Röslein, Röslein, Röslein rot,
Röslein auf der Heiden.
.
Knabe sprach: „Ich breche dich,
Röslein af der Heiden!“
Röslein sprach: „Ich steche dich,
Dass du ewig denkst an mich,
und ich wills nicht leiden.“
Röslein, Röslein, Röslein rot,
Röslein auf der Heiden.
.
Und der wilde Knabe brache
‚s Röslein auf der Heiden;
Röslein wehrte sich und stach,
Half ihm doch kein Weh und Ach,
Musst es eben leiden!
Röslein, Röslein, Röslein rot,
Röslein auf der Heiden.
A Rosinha do Campo (Tradução de Frei Pedro Sinzig)
O rapaz viu florescer
No campo a rosinha,
Nova e galante a valer;
Correu, p'ra de perto a ver;
Viu-a tão lindinha.
Rosa, minha flor gentil!
Rosa mimosinha!
Disse-lhe: "Vou te apanhar,
Ó fragrante rosa!"
Ela disse: "Eu sei picar,
Que em mim sempre hás de pensar,
Na flor espinhosa!"
Rosa, minha flor gentil!
Rosa mimosinha!
E o selvagem a arrancou,
A débil rosinha!
Destemida ele o picou,
Mas, mais forte, ele a levou,
A pobre florzinha!
Rosa, minha flor gentil!
Rosa mimosinha!
Rosinha do Silvado (Tradução de Paulo Quintela)
.
Viu um rapaz uma rosa,
Rosinha do silvado,
Tão fresquinha, tão formosa,
Que em carreira pressurosa
Salta a vê-la, extasiado,
Linda, linda rosa corada,
Rosinha do silvado.
.
Vai ele diz: “Vou-te cortar,
Rosinha do silvado!”
Diz ela: “E eu vou-te picar,
Que de mim te hás-de lembrar,
Se me cortares, malcriado!”
Linda, linda rosa corada,
Rosinha do silvado.
.
E o maroto cortou
A rosinha do silvado;
Defendeu-se ela, e picou;
Bem se carpiu e gritou…
Sempre a colheu, o malvado!
Linda, linda rosa corada,
Rosinha do silvado.
A Rosinha sobre a terra (Tradução de Raphael Soares)
Um menino viu uma rosa,
Sobre a terra a rosinha,
Como a manhã era amorosa,
A criança correu ansiosa,
Inquieto à rosa vinha.
Rosa, rosa, rosa rubra,
Sobre a terra a rosinha.
Ele disse: “vou colher-te!”
Sobre a terra a rosinha.
Ela disse: “vou morder-te,
Que a mordida sempre alerte
Que eu não quero dor mesquinha.”
Rosa, rosa, rosa rubra,
Sobre a terra a rosinha.
Mas a criança cruel pegou
Sobre a terra a rosinha;
Ela reagiu, mas fraquejou,
Sem sorte, seu fim chegou,
Deixa cumprir-se a sina.
Rosa, rosa, rosa rubra,
Sobre a terra a rosinha.
A Rosa (Tradução de Wagner Schadeck)
Um menino viu ali a
Rosalina do sertão,
Bela e fresca como o dia.
E correndo com alegria,
ele quis tê-la na mão.
Rosa, Rosa, Rosa rubra,
Rosalina do sertão.
Disse ele: “Eu vou te cortar,
Rosalina do sertão.”
Disse ela: “E eu vou te espinhar,
Não quero te ver chorar,
Doída é a recordação.”
Rosa, Rosa, Rosa rubra,
Rosalina do sertão.
Mas o menino cortou
Rosalina do Sertão.
Rosalina o espinhou,
Não lhe adiantou “ai” nem “ou”,
Doída é a recordação.
Rosa, Rosa, Rosa rubra,
Rosalina do sertão.
Sah ein Knab ein Röslein stehn,
Röslein auf der Heiden,
War so jung und morgenschön,
Lief er schnell, es nah zu sehn,
Sah’s mit vielen Freuden.
Röslein, Röslein, Röslein rot,
Röslein auf der Heiden.
.
Knabe sprach: „Ich breche dich,
Röslein af der Heiden!“
Röslein sprach: „Ich steche dich,
Dass du ewig denkst an mich,
und ich wills nicht leiden.“
Röslein, Röslein, Röslein rot,
Röslein auf der Heiden.
.
Und der wilde Knabe brache
‚s Röslein auf der Heiden;
Röslein wehrte sich und stach,
Half ihm doch kein Weh und Ach,
Musst es eben leiden!
Röslein, Röslein, Röslein rot,
Röslein auf der Heiden.
A Rosinha do Campo (Tradução de Frei Pedro Sinzig)
O rapaz viu florescer
No campo a rosinha,
Nova e galante a valer;
Correu, p'ra de perto a ver;
Viu-a tão lindinha.
Rosa, minha flor gentil!
Rosa mimosinha!
Disse-lhe: "Vou te apanhar,
Ó fragrante rosa!"
Ela disse: "Eu sei picar,
Que em mim sempre hás de pensar,
Na flor espinhosa!"
Rosa, minha flor gentil!
Rosa mimosinha!
E o selvagem a arrancou,
A débil rosinha!
Destemida ele o picou,
Mas, mais forte, ele a levou,
A pobre florzinha!
Rosa, minha flor gentil!
Rosa mimosinha!
Rosinha do Silvado (Tradução de Paulo Quintela)
.
Viu um rapaz uma rosa,
Rosinha do silvado,
Tão fresquinha, tão formosa,
Que em carreira pressurosa
Salta a vê-la, extasiado,
Linda, linda rosa corada,
Rosinha do silvado.
.
Vai ele diz: “Vou-te cortar,
Rosinha do silvado!”
Diz ela: “E eu vou-te picar,
Que de mim te hás-de lembrar,
Se me cortares, malcriado!”
Linda, linda rosa corada,
Rosinha do silvado.
.
E o maroto cortou
A rosinha do silvado;
Defendeu-se ela, e picou;
Bem se carpiu e gritou…
Sempre a colheu, o malvado!
Linda, linda rosa corada,
Rosinha do silvado.
A Rosinha sobre a terra (Tradução de Raphael Soares)
Um menino viu uma rosa,
Sobre a terra a rosinha,
Como a manhã era amorosa,
A criança correu ansiosa,
Inquieto à rosa vinha.
Rosa, rosa, rosa rubra,
Sobre a terra a rosinha.
Ele disse: “vou colher-te!”
Sobre a terra a rosinha.
Ela disse: “vou morder-te,
Que a mordida sempre alerte
Que eu não quero dor mesquinha.”
Rosa, rosa, rosa rubra,
Sobre a terra a rosinha.
Mas a criança cruel pegou
Sobre a terra a rosinha;
Ela reagiu, mas fraquejou,
Sem sorte, seu fim chegou,
Deixa cumprir-se a sina.
Rosa, rosa, rosa rubra,
Sobre a terra a rosinha.
A Rosa (Tradução de Wagner Schadeck)
Um menino viu ali a
Rosalina do sertão,
Bela e fresca como o dia.
E correndo com alegria,
ele quis tê-la na mão.
Rosa, Rosa, Rosa rubra,
Rosalina do sertão.
Disse ele: “Eu vou te cortar,
Rosalina do sertão.”
Disse ela: “E eu vou te espinhar,
Não quero te ver chorar,
Doída é a recordação.”
Rosa, Rosa, Rosa rubra,
Rosalina do sertão.
Mas o menino cortou
Rosalina do Sertão.
Rosalina o espinhou,
Não lhe adiantou “ai” nem “ou”,
Doída é a recordação.
Rosa, Rosa, Rosa rubra,
Rosalina do sertão.