domingo, fevereiro 08, 2009

Mensagem

II. OS CASTELLOS

PRIMEIRO/ULYSSES

O Mytho é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mytho brilhante e mudo -
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.

Este, que aqui aportou
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos creou.

Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade
E a fecundal-a decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.

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